“A acentuação na última sílaba denuncia: a palavra crochê deriva do francês. Croc significa gancho, menção ao formato da agulha utilizada na confecção deste tipo de artesanato. A origem de tal técnica, no entanto, é desconhecida. Cogita-se que a secular arte possa ter vindo do Egito, da China, da Tunísia, das Arábias ou, até mesmo, do Peru. O que se sabe da história do crochê é a razão de sua expansão no continente europeu a partir do século 16.
Ensinada nos conventos, a arte predominantemente feminina se tornou um dos passatempos favoritos das damas das classes abastadas. Já no século 19, o crochê deu origem a uma verdadeira indústria em lugares como Irlanda, Inglaterra e França – um boom que se deve, em parte, à rainha Vitória, adepta da moda dos tecidos com esses bordados de cheios e vazios durante seu reinado.
Com a Primeira Guerra Mundial, o crochê entrou em declínio e caiu no esquecimento durante praticamente todo o século 20, ficando relegado a grupos seletos de entusiastas.
Hoje, o trabalho manual que não requer nada além de agulha, linha e treino, volta a fazer história e ganhar reconhecimento. Com a crescente valorização de tudo o que é artesanato, o crochê vem sendo redescoberto pelas novas gerações, adentrando lares espalhados pelo globo. Com ar descontraído, divertido e colorido, decoram e enfeitam qualquer ambiente.”
A primeira década deste século trouxe um ressurgimento do crochê na moda, e hoje, grandes estilistas como Dior apresentam modelos em crochê em suas coleções pelo mundo.
E não pense que crochê é coisa de mulher, pois hoje podemos ver grandes exemplos de homens que sabem crochetar e ganham o pão de cada dia com a arte.
Mãos-à-obra! Pegue uma agulha, escolha um fio de sua preferência e saia por aí, tecendo criatividade!